Técnica: mista sobre tela (tinta plástica e carvão)
Medida: 1,05x80cm
Esta pintura busca retratar um pouco da realidade do povo nordestino, marcados pela seca e pobreza mas que nunca desistem da vida.
Neste trabalho estou retratando aspectos culturais do nordeste brasileiro, pobreza e falta de água. A moça buscando água pela manhã, cabelo com tranças meio desalinhados, o vestido de bolinha que à muito ganhou de algum parente e que vai passando de irmã para irmã, está curto mostrando que está na hora de passá-lo para frente. Por não ter outro para usar não tem noção do quanto está curto.A posição mais perto de um balé, talvez seja essa, quando tem que levar um pote de água na cabeça ficando nas pontas dos pés quando vem pelo caminho cheio de pedras e espinhos. Ela acena para os carros que passam na rodovia alí perto, talvez na esperança de um dia ganhar o mundo, almejando dias melhores. As folhas colocadas dentro do pote ajudam para que não venha derramar nenhum pouco do líquido precioso, a água, durante o longo percurso. Ainda há uma beleza no contraste das cores e flores das palmas que são plantadas em larga escala para suprir a necessidade da água para o gado durante o período de seca. Infelizmente nesta situação o gado morreu antes das palmas crescerem, o boiadeiro pendurou o seu chapéu na estaca e foi-se embora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário